segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O Regicídio

"Mataram o Rei!"
Depois de todos os motivos apresentados que fortaleceram o Partido Republicano e provocaram um cada vez maior descontentamento da população, em 1908 assistiu-se a mais uma tentativa de derrubar a Monarquia: o Regicídio do Rei. No dia 1 de Fevereiro de 1908, no Terreiro do Paço em Lisboa, o Rei D. Carlos e o príncipe herdeiro D. Luís Filipe foram mortos por conspiradores republicanos. Assistimos finalmente ao fim da Monarquia? O certo é que sucedeu no trono D. Manuel, filho mais novo de D. Carlos, o último rei de Portugal.
Os alunos regressaram no tempo até ao ano de 1908 e procuraram retratar o acontecimento.



1 de Fevereiro de 1908
Eu, César, oficial da segurança da família real, levantei-me cedo, para acompanhar o rei na viagem a Lisboa, para se juntar ao seu filho, D. Manuel, que lá se encontrava a estudar. Estava uma manhã fria de Inverno em Vila Viçosa, onde o rei gosta de viajar para praticar caça. Apanhámos o vapor em Vila Viçosa e durante o percurso, na Casa Branca, tivemos um descarrilamento onde perdemos 45 minutos de viagem. No Barreiro apanhámos o vapor e fizemos a travessia no Tejo, até que chegámos à Praça do Comércio. Aí, esperavam-nos membros do governo, como o ministro João Franco, o seu filho D. Manuel, e o seu irmão D. Afonso.
A comitiva real seguiu em carruagem aberta, apesar do clima de tensão em que se vivia, porque o rei queria passar uma imagem de tranquilidade.
De súbito, quando a carruagem passava no Terreiro do Paço ouviu-se um tiro. Rapidamente galopei em direcção ao rei, mas já não havia nada a fazer porque ele tinha sido atingido mortalmente no pescoço. D. Luís saca do bolso um revolver que tinha consigo mas é atingido no peito. D. Amélia defendeu-se com o que trazia na mão: um ramo de flores.
O pânico instalou-se rapidamente naquela grande praça com tal bárbaro atentado, cometido pelo professor Manuel Buíça pelo comerciante Alfredo Costa, que tinham planeado este atentado. Os dois regicídas foram atingidos no tiroteio e de seguida baleados pela polícia.
Este brutal golpe era esperado, pelas pressões de movimentos a favor da república dos quais os regicídas faziam parte e que queriam derrubar a monarquia e pela imagem de Portugal depois do ultimato inglês.
Depois da morte do rei D. Carlos e seu filho D. Luís, D. Manuel II tomou o poder como o último rei de Portugal.
César Pereira de Brito Nº: 7 6ºC
Lisboa, 1 de Fevereiro de 1908
Meus queridos pais:
Este dia ficará marcado na História de Portugal, e para mim, que assisti a tudo. Foi horrível. Mando-lhes esta carta para saberem melhor o que se passou. Deve chegar uma semana depois de a escrever porque os tempos que correm estão muito complicados e com certeza já se deve saber da notícia.
O que se passou foi que a agitação política e as manifestações populares contra a monarquia não acabaram. Cresceram durante o governo chefiado por João Franco. Hoje, 1 de Fevereiro de 1908, houve um atentado à Família Real,, na Praça do Comércio. Eu estava a falar com um colega que tinha conhecido na Universidade quando de repente ouço tiros e quando me virei para trás ,vi, numa carruagem, a Família Real. O Rei D. Carlos morreu de imediato com uma bala dentro do crânio. Tudo isto aconteceu por volta das 5 da tarde.
Penso que os corpos de D’El Rei e do seu filho legítimo D. Luís Filipe vão ficar em S. Vicente de Fora. A Rainha D. Amélia deve estar destroçada com a tragédia. Nunca Portugal tinha assistido a um atentado com consequências tão terríveis.
P.S-(dois dias depois, antes de poder levar a carta aos correios) Descobriu-se que os assassinos do rei e do seu filho eram Manuel Buiça e Alfredo Costa, que pertenciam a uma sociedade secreta chamada “Maçonaria”.
Francisca Angélico, 6ºB

Querido diário!
Estava na varanda de minha casa quando vi, na Praça do Comércio, (mais conhecida por Terreiro do Paço) uma grande multidão. O rei, a rainha e seus filhos passavam na carruagem, vindos do Alentejo. Estavam a passar no Terreiro do Paço e os assassínios começaram a disparar balas e acertaram no rei D. Carlos e no seu herdeiro, D. Luís Filipe. A rainha ficou muito assustada e eu também, por isso corri para a rua, preocupada. Os militares tentaram ajudar e afastar os assassínios, mas era tarde demais, pois o rei e seu filho já tinham morrido. Odiei este dia e as consequências são uma nova escalada de violência na vida pública do País. Foi um dia horrível!
Margarida nº16, 6ºC

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